(Brecht Vandenbroucke) |
Hoje, o meu escritor fantasma disse isso e me salvou o dia, quem sabe a vida:
"Porém eu não sabia que há de se ter raça, valentia e coragem. Pois quem diz, como eu dizia, ser impossível escrever sob certos lençóis, nunca deveria tentar: Há que se falar sobre tragédias, desgraças e genocídios quando se está muito feliz e criar uma comédia quando quiser se suicidar; uma comédia que comece assim: Querida janela, infelizmente, só a pularei depois que morrer, depois que partir. Há que se virar a chave da porta chamada bloqueio. Virar também os boletos e rabiscar contos de realeza nas suas costas. Recitar Kafka para as namoradas, Cortázar aos patrões desalmados. Criar rimas ruins cheias de desesperança. Há que sabotar a própria paralisia. Olhar para trás ao invés do retrovisor. Sabotar aquilo que te sabota. Escrever, com maquina de escrever. Sabotar aquilo que te sabota. Ser um buquê de Baudelaire. Sabotar aquilo que te sabota".
"Porém eu não sabia que há de se ter raça, valentia e coragem. Pois quem diz, como eu dizia, ser impossível escrever sob certos lençóis, nunca deveria tentar: Há que se falar sobre tragédias, desgraças e genocídios quando se está muito feliz e criar uma comédia quando quiser se suicidar; uma comédia que comece assim: Querida janela, infelizmente, só a pularei depois que morrer, depois que partir. Há que se virar a chave da porta chamada bloqueio. Virar também os boletos e rabiscar contos de realeza nas suas costas. Recitar Kafka para as namoradas, Cortázar aos patrões desalmados. Criar rimas ruins cheias de desesperança. Há que sabotar a própria paralisia. Olhar para trás ao invés do retrovisor. Sabotar aquilo que te sabota. Escrever, com maquina de escrever. Sabotar aquilo que te sabota. Ser um buquê de Baudelaire. Sabotar aquilo que te sabota".
Cid Brasil
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